05/11/2018

De 01 a 03 de agosto aconteceu o 12º Seminário de Iniciação Científica do Instituto Florestal. Além de uma palestra de abertura sobre áreas protegidas não contempladas pelo SNUC, o evento contou com a apresentação de trabalhos dos alunos orientados pelos pesquisadores da casa.

O Seminário acontece na capital paulista, mas participam estudantes e profissionais de todo o estado. O objetivo do encontro é proporcionar aos bolsistas de iniciação científica do Instituto Florestal (IF) a oportunidade de apresentar seus trabalhos e trocar experiências com outros futuros cientistas, bem como com os pesquisadores da casa e de outras instituições.

Ao longo do evento, foram realizadas 20 apresentações orais dos trabalhos dos bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). Os alunos são orientados por pesquisadores doutores do IF e recebem bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Também foram apresentados na forma de painéis 13 trabalhos de outros bolsistas orientados por técnicos e pesquisadores da instituição.

O Seminário foi organizado por um grupo de trabalho de servidores do Instituto Florestal coordenados pelos pesquisadores Humberto Gallo Jr e Mônica Pavão.

Palestra de Abertura

A palestra de abertura foi ministrada pela pesquisadora científica do IF Elaine Aparecida Rodrigues, que apresentou o trabalho “As Florestas paulistas esquecidas: uma contribuição às políticas florestal e de conservação ambiental”.

No recente contexto de iniciativas de alienação de áreas protegidas, Elaine estudou as florestas, hortos e estações experimentais do estado de São Paulo. Estas áreas foram desapropriadas entre 1920 e 1970 para fins de expansão do serviço florestal e da pesquisa científica, antes do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), instituído em 2000.

O estudo conclui que 30 das 34 áreas (que somam 33.579 hectares), apresentam natureza fática de manejo e atributos ambientais compatíveis com o SNUC. Os resultados deste trabalho representam um novo paradigma para a gestão gestão desses espaços. Seu reconhecimento como UCs é condição sine qua non para a proteção dessas áreas.

O trabalho ficou em 3º lugar na categoria Mestres do VII Prêmio José Bonifácio de Andrada e Silva, um dos mais importantes do Direito Ambiental do Brasil, organizado pelo Instituto “O Direito por um Planeta Verde”.

Minicursos

No terceiro dia de evento, foram oferecidos aos participantes do Seminário dois minicursos ministrados por técnicos e pesquisadores da instituição: “Programa de Uso Público como estratégia de manejo de áreas protegidas” e “Invasão biológica: conceitos e manejo de plantas exóticas em ambientes naturais”.

Coordenado pela pesquisadora científica Helena Dutra Lutgens, o curso sobre as experiências em uso público acontece pelo segundo ano seguido como parte da programação do Seminário. As atividades consistiram em seis apresentações de profissionais atuantes junto às comunidades que frequentam diferentes áreas protegidas do estado de São Paulo: Estação Experimental de Mogi Guaçu, Floresta de Manduri, Parque Estadual de Porto Ferreira, Floresta Estadual de Avaré, Parque Estadual Alberto Löfgren (Museu Florestal Octávio Vecchi).

O minicurso sobre invasão biológica, ministrado pelas pesquisadoras Silvana Souza e Natália Ivanauskas, teve como objetivo divulgar as principais plantas invasoras de áreas naturais no Estado de São Paulo e discutir meios para evitar a invasão, bem como técnicas de manejo para recuperação da biodiversidade em áreas já impactadas.

As intensas chuvas que aconteceram durante o dia do evento prejudicaram as atividades de campo.


Trabalhos premiados

Como forma de incentivo aos jovens cientistas participantes do Seminário, alguns trabalhos são premiados como destaque. Na categoria “apresentações orais”, houve empate entre os terceiros colocados.

Modalidade Painel:
Modalidade apresentação oral:

Acesse aqui os anais do evento.

Fotos: Acervo Instituto Florestal