27/02/2018

No último dia 22 de fevereiro, Olga Pisaneschi Rodrigues, ou simplesmente Dona Olga, como é conhecida, comemorou 90 anos de vida. Funcionária mais antiga da instituição em atividade, entrou no então Serviço Florestal em 1961 e completa 57 anos de trabalho na casa em 01 de março. Além de uma festa com muitos amigos e funcionários, a comemoração rendeu a Dona Olga uma placa de homenagem, entregue pelo diretor geral do Instituto Florestal Luis Alberto Bucci.

Dona Olga fez questão de convidar desde faxineiras, porteiros e vigias, até o governador. Familiares e antigos colegas do Instituto e da Fundação Florestal estiveram presentes, bem como servidores da Polícia Militar Ambiental, instituição parceira e nosso mais recente inquilino no Parque Estadual Alberto Löfgren.

Nossa mais antiga funcionária ingressou no Serviço Florestal em 1961. Nunca tinha visto uma máquina de escrever na sua frente, mas conta que teve muita ajuda e boa vontade das colegas. Em 1970 viu o Serviço se tornar Instituto. Trabalhou na área de finanças e na biblioteca, onde aprendeu até a falar inglês. Em 1983 foi para o Parque Estadual da Cantareira, onde ficou até 1998. Se aposentou do IF em 1987, ainda no Parque, e foi imediatamente contratada pela recém-criada Fundação Florestal. Atualmente trabalha no setor de recursos humanos, cuidando dos funcionários de outras instituições que estão afastados para o Instituto. Se as histórias do Instituto e da Fundação Florestal se confundem, não há dúvidas que Dona Olga é a memória viva de ambas.

À frente de seu tempo
Dona Olga conta que foi a primeira mulher a usar calças compridas na instituição. No início da década de 1970, à época da passagem do Serviço Florestal para Instituto Florestal, trabalhava na biblioteca, que ficava no andar superior do prédio principal. De acordo com as normas, as mulheres trabalhavam de vestido e salto alto. E constantemente desciam as escadarias do hall principal. Além do inverno paulistano ser bastante frio (e naquela época era mais ainda), as temperaturas são ainda mais baixas quando se está no meio de um parque e cercado de árvores. Para piorar a situação, alguns homens ficavam olhando as funcionárias descerem os degraus. Dona Olga, não se sentindo bem com a situação, apelou ao diretor geral Armando Ventura para que fosse permitido que as mulheres trabalhassem de calças compridas. Ventura ponderou e autorizou, desde que as calças não fossem muito justas. Atualmente as normas para vestimentas são mais flexíveis. Ainda assim, não há dúvidas de que Dona Olga é a funcionária mais elegante da instituição.

Fotos: Acervo Instituto Florestal