05/10/2017

Livro sobre a Represa do Guarapiranga tem participação de pesquisadores do IF na área de meio físico, análise geoambiental.

 

O livro “100 Anos da Represa do Guarapiranga: Lições e Desafios”, organizado por Carlos Eduardo de Mattos Bicudo e Denise de Campos Bicudo, foi lançado pela Editora CRV (https://www.editoracrv.com.br/produtos/detalhes/32497-100-anos-da-represa-guarapirangabr-licoes-e-desafios) e tem no capítulo sobre a “Análise geoambiental da bacia do Guarapiranga: meio físico, produção de sedimentos e assoreamento”, a participação dos Pesquisadores Científicos Marcio Rossi, Isabel Fernandes de Aguiar Mattos e Marina Mitsue Kanashiro do Instituto Florestal (IF) que compõem com especialistas da Universidade de Guarulhos (UNG).

Esse livro compreende estudos multidisciplinares e multi institucional, em esforço conjunto de 60 (sessenta) especialistas reunidos para diagnosticar e compreender as transformações ambientais que a Represa Guarapiranga vem sofrendo desde sua construção. Os estudos foram promovidos com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), dentro do Projeto denominado Aquased.

Para o pesquisador científico Marcio Rossi, autor de um dos capítulos do livro “A análise geoambiental da bacia do Guarapiranga constitui um componente de fundamental importância para a compreensão dos processos de degradação da qualidade das águas desse reservatório”. Além disso, ao enfrentar a escassez da água, determinada pela deterioração de sua qualidade, não se pode deixar de considerar a perda da quantidade, expressa na redução dos volumes armazenados dos reservatórios, como efeito do assoreamento.

O diagnóstico realizado confrontou a análise geoambiental, que caracteriza as sub-bacias com maior potencial de produção de sedimentos, com as observações criteriosas da paisagem, realizadas por meio da interpretação de fotos aéreas, imagens de satélite e trabalhos de campo, revelando que o reservatório da Guarapiranga apresenta maior fragilidade no seu entorno, quando ocupado inadequadamente.

Trata-se, portanto de um reservatório mais sensível à ocupação das sub-bacias menores e marginais do que a das sub-bacias grandes, providas de extensas planícies fluviais, anteriores ao enchimento do reservatório, que exercem papel de retentoras de sedimentos. De fato as grandes bacias apresentam antes de desaguar no reservatório extensas planícies de inundação, ou várzeas, que estão retendo os sedimentos produzidos à montante, mostrando a importância dessas áreas aluvionares serem conservadas.

 

 

Bloco diagrama demonstrando o tipo de relevo e a distribuição dos solos em área de Mata Atlântica no Estado de São Paulo.

Por outro lado, as ocupações desordenadas junto às sub-bacias do reservatório ameaçam ou mesmo causam danos à represa, com o lançamento de esgoto e produção de sedimentos, indicando a evidente necessidade de um plano de medidas corretivas.

De forma geral, recomenda-se monitoramento e fiscalização por parte dos órgãos competentes para conter o uso e ocupação inadequada no entorno do reservatório que possam comprometer a qualidade da água. São importantes também campanhas de educação ambiental para a população do entorno, conscientizando-a dos impactos negativos causados pelo despejo de resíduos sólidos e líquidos nas ruas, nas drenagens e nos cursos d´água que chegam ao reservatório.

 

 

Livro sobre Solos dos Biomas Brasileiros tem participação de pesquisadores do IF na área da Mata Atlântica.

O livro “Pedologia: Solos dos Biomas Brasileiros” é produto publicado pela Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (www.sbcs.org.brhttps://www.sbcs.org.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=131) e lançado no XXXVI Congresso Brasileiro de Ciência do Solo em agosto de 2017. Tem no capítulo sobre “Solos da Mata Atlântica”, a participação dos Pesquisadores Científicos Marcio Rossi e Isabel Fernandes de Aguiar Mattos do Instituto Florestal.

 

O livro compreende todos os solos dos biomas brasileiros: da região amazônica, do cerrado, da caatinga, da mata atlântica, do pantanal mato-grossense, do planalto das araucárias, das pradarias mistas do sul do Brasil, dos tabuleiros costeiros, das restingas e áreas úmidas costeiras e das ilhas oceânicas, além de capítulos de levantamentos pedológicos e uso das informações pedológicas.

No capítulo de solos da mata atlântica, os autores abordam uma caracterização geral do ambiente, enfocando o clima, a geologia, o relevo, aspectos gerais dos solos, vegetação original e histórico do uso e ocupação da terra, apresentam ainda, os solos representativos desses ambientes de mata atlântica.

O livro faz parte de uma série que busca cobrir uma lacuna dos cursos de graduação e pós-graduação no país, caracterizados por uma evidente carência de textos básicos.

Mais informações: Pesquisador científico Marcio Rossi, Instituto Florestal/Laboratório de Geociências F: 11 2231.8555 ramal 2050