03/07/2017

O pesquisador científico Guenji Yamazoe, aposentado do Instituto Florestal(IF), foi condecorado pelo Governo do Japão com a comenda Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro e Prata, na Outorga de Honrarias da Primavera do 29º Ano da Era Heisei (2017). A cerimônia de outorga ocorreu no dia 14 de junho, na residência oficial do Cônsul Geral do Japão em São Paulo.

A comenda é concedida pelo próprio Imperador Heisei. Como principais fatos meritórios para concessão dessa honraria a Guenji Yamazoe foram citadas a sua contribuição de forma consistente ao “Projeto de Pesquisa Florestal do Estado de São Paulo”e ao “Projeto de Pesquisa de Conservação de Florestas e do Meio Ambiente”, executados no Instituto Florestal, com a cooperação da Japan Internacional Cooperation Agency (JICA). Também foi destacada a sua colaboração no fortalecimento das relações e compreensão mútua entre o Japão e o Brasil.

No mesmo dia os condecorados foram homenageados pelas 36 entidades representativas da Comunidade Nikkei, onde estiveram presentes, entre outras autoridades, o diretor geral do IF Luis Alberto Bucci.

Um pouco de sua história
Guenji Yamazoe nasceu em Juqueri (atual Mairiporã) em 1935. Trabalhou na Cooperativa Central Agrícola Sul-Brasil, de 1951 a 1958. Ingressou na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) em 1959, formando-se Engenheiro Agrônomo em 1963. Voltou a trabalhar na Cooperativa Central Agrícola Sul-Brasil (1964 – 1965). Obteve bolsa de estudos do Ministério da Educação do Governo do Japão (MONBUSHO), onde estudou Ciências Florestais nas Universidades de Hokkaido(1965-1966) e Kyushu (1966-1967). Ingressou no então Serviço Florestal do Estado (1968), tendo sido designado Encarregado da Reserva de Carlos Botelho.

Com a transformação do Serviço Florestal em Instituto Florestal (1970), exerceu os seguintes cargos na Instituição: Assistente Técnico de Direção (1970 a 1980), Diretor Geral (1980 – 1983), Diretor da Divisão de Florestas e Estações Experimentais (1984 – 1989) e Diretor do Serviço de Comunicações Técnico-Científicas (1991 -1992). Foi contraparte dos Projetos de Pesquisa Florestal no Estado de São Paulo e de Pesquisa em Conservação de Florestas e Meio Ambiente, em cooperação com a JICA (1979 a 2004). Como pesquisador científico, trabalhou com silvicultura de Euterpe edulis, a palmeira juçara.

Após sua aposentadoria em 2005, foi Presidente da Associação dos Bolsistas JICA – ABJICA (2010-2014), Presidente da Comissão do Prêmio Kiyoshi Yamamoto (2013-2017) e é Presidente da Associação Cultural Tottori Kenjin do Brasil desde 2017. Com o apoio da ONG japonesa VERSTA vem realizando projeto de sistemas agroflorestais desde 2012, em Sete Barras/SP, tendo como componente principal a palmeira juçara, visando à conservação da Mata Atlântica.

Livros publicados:

  • Manual de Pequenos Viveiros Florestais (2003),
  • 25 Anos de Cooperação JICA – Instituto Florestal (2005)
  • As Florestas e a Burocracia (2013)
  • Memórias da ABJICA – 30 anos de história (2014)

Prêmios recebidos:

  • Prêmio de Reconhecimento da JICA (2013)
  • Prêmio Muriqui, da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (2014)
  • Diploma de Honra ao Mérito concedido pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão
  • Comenda da Ordem do Sol Nascente, Raios de Ouro e Prata, concedida pelo Governo do Japão (2017).

 

 

Yamazoe e Bucci no Instituto Florestal

Yamazoe e Bucci no Instituto Florestal

Yamazoe e Bucci no Instituto Florestal