15/05/2017

O Instituto Florestal (IF) promoveu no dia 30 de abril a comemoração dos 75 anos das áreas protegidas de Mogi Guaçu, conhecidas como Fazenda Campininha. Quem esteve na festa pôde dar uma volta de trem, passear de bicicleta ou fazer uma trilha a pé pela unidade. Somando os participantes de todas as atividades, o evento recebeu cerca de 200 pessoas.

A área foi adquirida pelo Estado de São Paulo em 1910, para fins de reforma agrária. A Fazenda Campininha teve sua importância reconhecida para a conservação da flora e da fauna e para o estabelecimento de florestas protetoras, por meio do Decreto Estadual nº 12.500/1942. Atualmente, seus 4.500 hectares abrigam a Estação Experimental e a Estação Ecológica de Mogi Guaçu, administradas pelo IF e a Reserva Biológica de Mogi Guaçu administrada pelo Instituto de Botânica (Ibot).

Segundo Helena Dutra Lutgens, responsável pelas unidades do IF, o evento teve participação muito boa da comunidade. “A ideia principal é promover a aproximação da área protegida com a sociedade e fortalecer parcerias. Quando a comunidade percebe que as unidades também são deles, os benefícios são pra todos”, explica a pesquisadora.

O evento teve ainda uma homenagem a antigos funcionários, exposição com fotografias das unidades e apresentação musical.

Importantes áreas para a conservação
As unidades de Mogi Guaçu constituem alguns dos últimos fragmentos de maior porte de Cerrado e Mata Atlântica da região. Juntas, promovem atividades de pesquisa científica, experimentação, conservação, uso público e educação ambiental.

Os remanescentes florestais formam uma importante parcela da Área de Preservação Permanente (APP) do Rio Mogi-Guaçu e de alguns de seus afluentes.

As áreas das unidades são habitadas por espécies da fauna e da flora, muitas delas ameaçadas. Já foram registradas 236 espécies de aves (29,4% das espécies que ocorrem no Estado de São Paulo) e 43 espécies de mamíferos terrestres. Cerca de 150 espécies de peixes se reproduzem em riachos e lagoas marginais do Rio Mogi Guaçu. Além disso, ainda é necessário estudar o grande número de espécies de anfíbios, répteis e artrópodes na localidade. De acordo com as listas da fauna ameaçada do Estado e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), na Fazenda Campininha também ocorrem 16 espécies de animais ameaçados de extinção. Entre elas a onça-parda, o tamanduá-bandeira e o lobo-guará.

Fotos: Acervo Estação Experimental de Mogi Guaçu

Mais informações: Estação Experimental de Mogi-Guaçu – (19) 3841-1056 e 3841-1057