07/10/2016

Pesquisador científico Orlando Freire ao centro

A Estação Experimental de Itapetininga possui parte de sua área ocupada por ecossistemas naturais. Abriga uma fauna variada, com algumas espécies ameaçadas de extinção, como o tamanduá-bandeira e o lobo-guará. De seus mais de 6.700 hectares,  3.200 são mata nativa e 3.600 possuem plantios de pinus e eucalipto.

Dentre os projetos de pesquisa desenvolvidos na unidade estão: o melhoramento florestal, visando o aumento da produção de madeira e resina; a condução da regeneração natural de pinus como uma ótima alternativa de baixo custo para reforma florestal na região; e o processamento e tratamento de madeira para a construção de benfeitorias rurais. Além da pesquisa científica, são realizadas coleta de sementes, produção de mudas e produção de resina.

Tudo isso, aliado à proteção e manutenção da biodiversidade, mostra o quanto o Instituto Florestal procura integrar a utilização racional dos recursos naturais com a preservação das áreas primitivas.

Pinha para ração de bovinos
Uma pesquisa curiosa desenvolvida na Estação Experimental de Itapetininga é o projeto “Níveis de substituição da pinha na formulação de rações concentradas para bovinos em sistema silvipastoril de Pinus elliottii”

O gado aceitou bem a ração com pinha

O sudoeste paulista, onde está localizada a unidade, é responsável por cerca de 40% da produção de resina do país e de 60% do Estado. A região tem vasta disponibilidade de resíduos agrícolas e florestais não madeireiros, os quais podem representar grande parte da composição de alimentos e serem destinados à produção de ruminantes. Como esses animais são capazes de aproveitar os alimentos de baixo valor nutricional quando esses são fornecidos juntamente com outros de alto valor energético, a equipe de pesquisadores da unidade conduz esse estudo que substitui parte da dieta dos ruminantes e ainda pode proporcionar uma redução de custos na produção animal.

Fonte provável de tanino e fibra, as pinhas secas e trituradas podem contribuir também no controle auxiliar de endoparasitas e ainda na mitigação da produção do gás metano decorrente do processo digestivo dos ruminantes, que é um dos colaboradores do efeito estufa.

A nova ração diminui custos na criação do gado

Ofertada para novilhos, ela apresentou boa aceitabilidade e elevado consumo. Não foi observada rejeição quanto ao consumo da mistura, bem como qualquer alteração fisiológica/clínica negativa quanto aos níveis testados.

Uso público
A unidade possui diversas ações junto a públicos de interesse da região. Por meio da educação ambiental, proporciona às crianças e adolescentes, bem como aos moradores do entorno, o contato com a natureza aliado ao conhecimento da dinâmica ambiental.

Na margem do Rio Itapetininga há uma área de pesca esportiva, que é destinada ao lazer e faz parte de uma iniciativa da unidade de incentivo à prática  de pesca não predatória.

 

Fotos: Acervo Estação Experimental de Itapetininga

Mais informações: Estação Experimental de Itapetininga – Tel.(15) 3271-3866