25/04/2016

Entre os dias 11 e 15 de abril, o Instituto Florestal realizou em Belém do Pará o 1ª Curso de Identificação Macroscópica de Madeira. Com aulas teóricas e práticas, a proposta é capacitar os técnicos que trabalham diretamente com a fiscalização de transporte e apreensão de madeira ilegal e torná-los multiplicadores.

O curso foi oferecido em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) do Governo do Pará e faz parte do Projeto São Paulo Amigo da Amazônia, que visa conter o desmatamento no país a partir de ações que evitem o consumo ilegal de madeira. Durante o processo de fiscalização, é necessário identificar e quantificar a madeira transportada e comercializada, checando se o produto está compatível com as informações que constam no Documento de Origem Florestal (DOF) ou se é madeira ilegal. Para que o ilícito seja comprovado, há necessidade de análise técnica realizada por especialistas. A pesquisadora do IF Dra. Sandra Florsheim explica que, muitas vezes, consta no documento do material apreendido apenas um tipo de madeira, quando na realidade há vários. A capacitação dos especialistas para que possam identificar esse material no olhar, evita que esse tipo de artimanha aconteça.

Os técnicos também aprenderam a utilizar os scanners que possibilitam o envio de imagens via internet para os especialistas, tornando possível a análise em tempo real, agilizando e barateando o processo de apreensão de madeira ilegal. A tecnologia foi desenvolvida pela pesquisadora no IF.

O curso teve uma carga horária de 40 horas divididas em aulas de Anatomia e Identificação de Madeira e de Fiscalização Ambiental. No último dia, foi realizada aula em campo no município de Santa Bárbara, na região metropolitana de Belém.

Além de Sandra, ministraram palestras no curso o pesquisador científico do IF Dr. Eduardo Longui, o técnico Wellington Ferreira e o coordenador de fiscalização ambiental da Secretaria do Meio Ambiente (SMA) de São Paulo Msc. Sérgio Luís Marçon.

O curso teve 35 alunos. Participaram servidores das diretorias e Unidades Regionalizadas (UREs) da Semas, além de representantes do Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Delegacia de Meio Ambiente (Dema), Ministério Público Federal (MPF) e Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio).

Fotos:Acervo Semas

Mais informações:
Pesquisadora científica Dra. Sandra Monteiro Borges Florsheim – Tel.(11) 2231-8555 / Ramal 2002