22/03/2016

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No dia 10 de março foi realizado o 12º Encontro do Projeto EducaTrilha – Edição Luiz Antônio, que visa fortalecer e aprimorar a educação ambiental nas escolas e nas unidades do Instituto Florestal (IF) a partir da formação continuada de docentes da rede municipal de ensino.

O EducaTrilha tem como princípio a construção participativa, valorizando os conhecimentos e as experiências de todos os envolvidos. O curso propõe contribuir e estimular a formação dos docentes para desenvolverem processos de educação ambiental nas escolas por meio de vivências nas áreas protegidas, valorizando sua importância, incentivando uma reflexão crítica e explorando o potencial pedagógico dessas áreas. O município de Luiz Antônio possui duas áreas protegidas gerenciadas pelo IF: a Estação Ecológica de Jataí e a Estação Experimental de Luiz Antônio.

A edição de Luiz Antônio está sendo desenvolvida desde julho de 2015 e tem encerramento previsto para setembro de 2016, totalizando 180 horas de formação. Conta com encontros presenciais e atividades práticas desenvolvidas nas escolas pelos professores. O curso é organizado pelo Instituto em parceria com a Fundação Florestal (FF), a Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, a Secretaria Municipal de Educação de Luiz Antônio e o Projeto “Trilhas da Natureza” da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

No Encontro, alguns representantes do Sistema Ambiental Paulista foram convidados e puderam compartilhar suas experiências com os professores. Adriana Neves, da Fundação Florestal, apresentou o histórico da educação ambiental na instituição e falou sobre as áreas temáticas do novo Programa, que está sendo construído participativamente. Destacou a área referente à educação formal, que tem como diretriz a inserção das unidades de conservação como espaços educadores no sistema formal de ensino com proposta de educação ambiental emancipatória, solidária e comprometida com o exercício da cidadania e subsidiada pelas políticas educacionais.

Sonia Aparecida de Souza Evangelista, pesquisadora científica do IF e gestora do Parque Estadual de Porto Ferreira, apresentou as experiências de educação ambiental desenvolvidas na unidade desde 1992, principalmente com o público escolar. Destacou a construção participativa e colaborativa do Roteiro da Trilha das Árvores Gigantes, com professores representantes das escolas municipais de ensino fundamental, e o Projeto Parque na Escola, que incluía atividades de educação ambiental na escola antes e depois das visitas à unidade.

Rachel Marmo Azzari Domenichelli apresentou algumas experiências da CEA. Explicou que a Coordenadoria compreende que a educação ambiental deve ser trabalhada em uma perspectiva crítica, valorizando a participação e a integração das pessoas na construção de soluções para as questões socioambientais. Afirmou também que a atuação com a educação formal tem ocorrido por meio das áreas protegidas, na interação com o Instituto e a Fundação Florestal e que, neste momento, as instituições estão dialogando para a construção de uma agenda de trabalho conjunta. Rachel destacou a importância de compreender a educação ambiental permeando toda a gestão das áreas protegidas, incluindo o uso público, a fiscalização, a pesquisa e o trabalho com a comunidade do entorno.

Os professores participaram das apresentações compartilhando suas dúvidas e fazendo contribuições ao debate. Os representantes do IF responsáveis pelo curso, Maria Luísa Bonazzi Palmieri, Paulo Henrique Peira Ruffino e Sandra Maria Correa Miller, também participaram do diálogo buscando relacionar as apresentações com todo o percurso educativo desenvolvido até o momento no EducaTrilha. O intuito é que estas experiências compartilhadas contribuam para as propostas de educação ambiental que estão sendo construídas pelos professores.

Fotos: Acervo IF

Mais informações: Maria Luísa Bonazzi Palmieri – Estação Experimental de Tupi – Tel: (19) 3438-7116.