10/03/2016


O Instituto Florestal (IF) inicia neste ano uma forte campanha para o controle do mosquito Aedes aegypti, que prevê uma série de ações integradas e que envolverá funcionários das diversas instituições lotadas no Parque Estadual Alberto Löfgren (PEAL). Ao final de fevereiro, a Prefeitura do município de São Paulo confirmou o primeiro óbito por dengue na cidade em 2016, que teve como vítima um morador do Tremembé, bairro do entorno do Parque. A prefeitura informou ainda que a cidade teve 827 casos da doença registrados apenas no mês de janeiro. Tendo em vista a gravidade da situação e a urgência no combate aos criadouros do mosquito, algumas iniciativas estratégicas já estão sendo realizadas pelo Grupo de Trabalho (GT) do Instituto.

No dia 04 de março, o pesquisador científico Alexsander Zamorano Antunes ministrou palestra sobre o tema no auditório do IF, utilizando o material preparado e disponibilizado pela Supervisão de Vigilância em Saúde da Prefeitura do município de São Paulo. Participaram mais de 50 pessoas, entre servidores da instituição, funcionários da Fundação Florestal, estagiários e profissionais terceirizados. Na ocasião, Roselaine Barros Machado e o pesquisador Marcio Port Carvalho apresentaram uma proposta de ações integradas a serem implementadas e um cronograma. Também foi exibido um vídeo sobre o tema.

No dia 08 de março foram realizadas visitas em todas as residências e imóveis próprios situados na área administrativa do PEAL sob gestão do IF com os objetivos principais de informar, orientar, conscientizar e principalmente avaliar as áreas para combater os possíveis focos de reprodução do mosquito.

Por que o mosquito é tão perigoso?
O Aedes aegypti transmite Dengue, Chikungunya e Zika vírus. Durante as estações mais quentes, o mosquito se reproduz mais rapidamente e os ovos do mosquito podem sobreviver por meses em locais secos, antes de entrar na água e virar larvas. Portanto, é sempre bom relembrar alguns cuidados que devem ser tomados, como não deixar água acumulada em pneus, garrafas, calhas e lajes, cobrir qualquer recipiente que armazene água, como por exemplo caixas d’água, atentar a lonas plásticas com acúmulo de água, limpar os pratinhos de vasos de plantas, etc. A participação e a cooperação de todos é essencial, porque o mosquito não escolhe vítima e pode se deslocar por distâncias de até 500 metros.

Mitos sobre o mosquito
Algumas informações sobre o Aedes aegypti são bastante disseminadas pela população sem o devido embasamento. Portanto é importante reforçar que os itens abaixo são mitos e NÃO ajudam no combate ao mosquito.

– Borra de café elimina os ovos e as larvas
– Secar reservatórios de água parada mata os ovos do mosquito
– Ar condicionado mata mosquitos transmissores de doenças
– Colocar areia nos pratinhos de vasos elimina os ovos e as larvas
– O plantio de Crotalaria elimina os mosquitos

Fotos: José D. Senhorinho

Mais informações: Roselaine Barros Machado – Coordenadora do Grupo de Trabalho – Tel. (11) 2231-8555 / Ramal 2056