05/11/2013

Acervo artístico histórico do Museu Florestal Octávio Vecchi faz parte de exposição sobre a história da gravura brasileira na Estação Pinacoteca, que ficará aberta ao público até o final de 2014. Estão expostas desde o dia 12 outubro de 2013, gravuras e clichês em madeira pertencentes à Escola de Xilografia do Horto, que funcionou entre os anos de 1939 e 1950 no Serviço Florestal (atual Instituto Florestal).

Roselaine Barros, responsável pelo Museu Florestal, conta que a Escola de Xilografia do Horto deixou um acervo importante que marca a técnica da gravura sobre a madeira de topo, na qual se buscava a representação fiel da imagem. Adolf Kohler, o professor, exigia dedicação dos alunos, as obras eram feitas com cuidado e preciosismo, mostram detalhes do dia-a-dia, animais, maquinário, plantas e paisagens. O Museu Florestal possui na coleção aproximada de mil obras entre xilogravuras, tacos desenhados e matrizes.

A interação entre os museus é uma importante ferramenta de diálogo entre as instituições. A experiência também confere maior visibilidade ao acervo do Museu Florestal, pois atinge a um novo e mais amplo público, o da Estação Pinacoteca.

A exposição

“Gravura Brasileira no Acervo da Pinacoteca de São Paulo – 100 anos de história” mostra obras de 105 artistas como Elisa Bracher, Fayga Ostrowe, Ivan Serpa, Lasar Segall, Lívio Abramo, Maria Bonomi, Oswaldo Goedi, entre outros. A mostra é resultado de pesquisa realizada no acervo da Pinacoteca, que conta com mais de três mil gravuras e marca o inicio das atividades sistemáticas, propostas pela Pinacoteca, com foco na produção de gravura no Brasil.

Instalada no terceiro andar da Estação Pinacoteca, a mostra contempla grandes temas pertinentes à historia da arte brasileira, da primeira década do século 20 até a primeira década do século 21. Em um dos conjuntos de obras, “Figuração e Expressionismo”, podem ser reconhecidos obras de cunho social, realizadas entre os anos 1920 e 1930, de artistas como Lasar Segall, Danubio Gonçalves, Poty Lazaroto, entre outros. A “Nova Figuração e Arte Pop” está representada por que exploram temas relativos à repressão política nos anos 1960. Rubens Guerchman, Antonio Dias, Antonio Henrique Amaral são alguns desses. Do conjunto de artistas que se debruçaram sobre a “Abstração” estão presentes Fayga Ostrower, Edith Behring, Anna Bella Geiger, Farnesi de Andrade, Anna Letycia, Ibere Camargo, Maria Bonomi e Artur Piza. Já os “Geométricos e Construtivos” estão representados pelas obras de Ivan Serpa, Irene Buarque, Rubem Valentim, e Mavignier. Da produção “Contemporânea” o público poderá conhecer obras de Maria Lucia Cattani, Elisa Bracher e Helio Fervenza, Marco Butti, Alex Serveney, Sergio Finguerman, entre outros.

 

Foto: Paulo A. Muzio

Mais informações: Roselaine Barros – Museu Florestal Octávio Vecchi – Tel: (11) 2231-8555 / Ramais 2063 e 2053