15/08/2013

Acontece de 11 de agosto a 8 de setembro de 2013, no Museu Florestal Octávio Vecchi, em São Paulo, a exposição hortus delineatus SP (ou os vários tempos de um lugar só).

A exposição reúne vinte artistas que apresentam pinturas, gravuras e esculturas e é parte de um processo de revitalização do Museu proposto pelos organizadores, que contempla a reconformação do acervo, proposta de iluminação e programação visual, além da exibição das obras dos artistas, que integrarão o espaço expositivo e o mobiliário de época abrigado na instituição.

O projeto foi desenvolvido pelos arquitetos Julia Krantz, Lívia Gabbai, Paula Gabbai, Renato Hofer, pela psicanalista Vera Montagna e pela antropóloga Ana Maria de Niemeyer. É fruto de um longo processo de pesquisa sobre exposições de gravuras, realizado no atelier de gravura do Sesc Pompéia sob a orientação do artista gravador Evandro Carlos Jardim, que também participará da exposição.

O Museu

Octávio Vecchi, diretor do então Serviço Florestal (atual Instituto Florestal), iniciou em 1928 a construção do Museu, que foi concluída em 1932. Com o objetivo de expor as características de nossas florestas em forma de arte, idealizou-se um espaço que, desde sua construção, traria nos detalhes arquitetônicos aspectos relativos a este tema, a exemplo dos vitrais, que foram compostos realçando a beleza e a diversidade das espécies nativas.

O acervo permanente enfoca o uso da madeira dentro da missão de conversação ambiental, uma das bases do trabalho do Instituto. Trata-se de um museu especializado que abriga uma exposição de madeiras em forma de mobília, estantes, peças com entalhes das folhas e dos frutos das espécies a que pertencem, lustres artisticamente trabalhados e outras peças, destacando-se os forros e assoalhos.

Linha do Tempo

A palavra horto tem origem no latim e significa jardim, isto é, um pedaço da natureza delimitado e domesticado pelo homem para o seu uso e prazer.
A representação da natureza é um dos arquétipos da história da arte: das primeiras pinturas rupestres, passando pelo hortus conclusus medieval, às manifestações artísticas mais atuais, o homem sempre buscou entender e se relacionar com o mundo que o cerca através de sua reapresentação.

Um dos princípios que orientou a criação desta exposição foi estabelecer uma linha de continuidade entre as atividades realizadas na concepção do Museu do Horto e a produção contemporânea. O Museu abrigou, na década de 1940, um importante centro de pesquisa e produção de xilogravura orientada por Adolf Kohler (1882-1950), mestre xilógrafo alemão. Conta também com obras murais de Antonio Paim Vieira e Hélios Seelinger, além de uma preciosa coleção de móveis e madeiras esculpidas.
Esses elementos foram reorganizados para se relacionarem com obras de artistas de diversas gerações, que buscam o constante aprofundamento de linguagens de suas manifestações plásticas.

A exposição hortus delineatus sp convida seus visitantes a vagar atentamente nesse jardim desenhado, através desse conjunto de gravuras, pinturas, aquarelas, móveis e esculturas que conectam passado e presente, e que talvez nos indiquem possibilidades de um devir.

Aos sábados, o museu abrirá especialmente para visitas guiadas realizadas pelos próprios artistas, estreitando a relação com o público visitante.

Exposição hortus delineatus sp (ou os vários tempos de um lugar só)

De 11 de agosto a 8 de setembro de 2013
Museu Florestal Octávio Vecchi
Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal)
Rua do Horto, 931– São Paulo, SP
Terça a sexta das 9h às 12h e das 13h00 às 16h30,
sábado das 11h às 15h e domingo das 10 às 15h30

 

Visite o site da exposição:http://hortusdelineatussp.jimdo.com

Fotos: Paulo A. Muzio

Mais informações: Roselaine Barros – Tel: (11) 2231-8555 / Ramais 2063 e 2053