O Instituto Florestal realizou no dia 28 de junho de 2011 uma palestra sobre o projeto “Avaliação dos efeitos da exposição aguda ao material particulado em controladores de trânsito e trabalhadores da área do cinturão verde da cidade de São Paulo”.

O evento aconteceu no auditório do IF e a abertura foi feita pelo Diretor Geral Rodrigo Victor, que presenteou os palestrantes com kits do Programa ECOatitude e com o livro “Reflorestamento Misto com Essências Nativas: a mata ciliar” de José Carlos Bollinger Nogueira.

A Faculdade de Medicina da USP e o Professor Saldiva, coordenador do projeto, foram representados pela Dra. Mônica V. Marquezini e os médicos do Hospital das Clínicas Ubiratan de Paula dos Santos e Maria Lúcia Bueno Garcia, que explicaram como funcionará a pesquisa, quais os procedimentos e esclareceram dúvidas.

O projeto

O estudo se trata de uma pesquisa de avaliação dos efeitos da poluição do ar na saúde, coordenado pelo Prof. Dr. Paulo Hilário Saldiva Nascimento, da Faculdade de Medicina da USP. O Instituto Florestal entra como parceiro neste estudo, pois serão avaliados voluntários que trabalham e residem na região cinturão verde da cidade de São Paulo, perfil de grande parte dos funcionários das instituição.

Os voluntários devem ser homens, não fumantes, de 25 a 65 anos. A pesquisa vai avaliar os efeitos da poluição do ar na pressão arterial, na regularidade e no ritmo dos batimentos cardíacos, na capacidade respiratória, na produção de lágrima, entre outros. O material particulado pode provocar inflamação em muitos órgãos como olhos, nariz, boca, coração, vasos sanguíneos e pulmão, podendo facilitar infartos, pressão alta e alergias. Pode também afetar a coagulação e hormônios do sangue e alterações do DNA, podendo facilitar o aparecimento de câncer.

Os dados coletados ajudarão a compressão dos efeitos da poluição do ar sobre a saúde, o que poderá contribuir na tentativa de controle dos efeitos da poluição do ar na cidade de São Paulo.

Procedimentos

Uma consulta médica prévia será feita para avaliar estado de saúde do voluntário.

Durante um período de 24 horas, os voluntários irão utilizar presos à cintura, um aparelho que mede o grau de exposição à poluição do ar. Neste período, a pressão arterial, a freqüência de batidas do coração e o electrocardiograma serão acompanhados por um aparelho portátil preso ao corpo e um manguito no braço que enche e esvazia a cada hora.

Ao final desse período alguns voluntários farão o teste de reatividade vascular e todos farão um teste de exercício, que consiste em subir e descer degrau por 5 minutos. Antes e depois será medida freqüência cardíaca. Serão coletadas amostras de sangue, de células da boca e do nariz. Os olhos serão examinados por um especialista e a função pulmonar será medida através de sopros em um bocal. A capacidade de atenção será testada através de testes sonoros e visuais.

Todos esses exames são feitos no período de um dia, com freqüência de uma vez por semana, por quatro semanas em setor ambulatorial (consultório), não sendo necessária a internação no hospital.

Essas avaliações serão realizadas para detectar possíveis alterações causadas pela poluição do ar. Os exames serão feitos nos dias em que os voluntários estiverem com o aparelho que mede a quantidade de partículas aos quais ficaram expostos.

Maiores informações: Pesquisador Científico Israel Luiz de Lima. Fone: (11) 2231-8555 / Ramal: 2002/2150