Orçamento, criação de Unidades de Conservação e concurso público estiveram entre os assuntos tratados

O Instituto Florestal (IF), órgão ligado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, realizou, em sua própria sede, o balanço da gestão. O evento foi apresentado por Rodrigo Victor, diretor do órgão, que mostrou aos funcionários uma série de dados sobre as realizações ao longo dos últimos quatro anos.

Para o diretor, uma das principais tarefas no início da gestão foi “recuperar o protagonismo do IF nas políticas públicas florestais e ambientais” e que “havia grande perda de identidade institucional, pois não se sabia o que, para quem e porque fazer”. Dessa forma, Rodrigo Victor destaca como importante o fortalecimento da definição clara da missão do Instituto. “Devemos caminhar para ser uma potência científica”, diz.

Segundo Rodrigo Victor, para atender às demandas do IF, o órgão teria que dispor de recursos orçamentários da ordem de R$ 20 milhões anuais, o que ainda não foi conquistado. Ele ressalta, porém, que a expectativa para 2011 é que o Instituto disponha de R$ 17 milhões, cinco a mais que em 2010. “O incremento de recursos nos tirou da indigência financeira”, afirma ele complementando que o valor para o ano que vem já se aproxima do que é preciso.

O Instituto Florestal pode obter recursos orçamentários a partir de repasses do Tesouro Estadual e pela venda de madeira pelo próprio IF, oriundas de resíduos de suas pesquisas em suas 29 áreas de plantio. Além disso, órgão pode obter verbas extra-orçamentárias a partir de compensação ambiental. No balanço, Rodrigo Victor ressaltou a importância dessa segunda forma de conseguir receitas. “Obtivemos R$ 14 milhões em 2010 para os próximos anos em compensação ambiental, mais do que o orçamento desse ano”.

A reestruturação do IF também foi abordada. Para Rodrigo Victor, é necessário redesenhar a hierarquia institucional do Instituto para fortalecer a articulação da política de pesquisas. Para isso, foi elaborado um decreto que hoje se encontra em análise no Palácio dos Bandeirantes. Outro ponto tratado por ele foi a necessidade de novo concurso público para fortalecer o IF, o que ele afirma estar sendo negociado junto à Secretaria de Planejamento.

Rodrigo Victor destacou como positiva a participação do Instituto Florestal na criação de quatro Unidades de Conservação no Estado, em Itapetinga, Itaberaba, na Floresta Estadual de Guarulhos e na Pedra Grande, em Atibaia. “Esse é o maior trabalho de criação de áreas ambientais em São Paulo desde a criação da Juréia”, diz.

Além da criação de áreas protegidas, Rodrigo Victor destaca como outro “ponto forte” a produção do Inventário Florestal 2010, com mapas mais detalhados do que os dos anos anteriores, permitindo a verificação mais completa das áreas de florestas paulistas. Segundo ele, esse aprofundamento fez com que se percebesse que a área verde do Estado é maior do que parecia, pois os estudos anteriores indicavam que São Paulo tinha 13,9% de cobertura vegetal, quando os novos mapas mostram um total de 17,5%. “O inventário será base de apoio para as políticas públicas no âmbito da lei Estadual de Mudanças Climáticas”, diz.

O apoio do IF aos 21 Projetos Estratégicos da SMA também foi abordado, com destaque à criação de oito espaços para o Criança Ecológica e a análise laboratorial de madeira a fim de verificar se sua extração é permitida ou não em lei, no âmbito do Projeto São Paulo Amigo da Amazônia . Ao final do evento, foi inaugurada exposição permanente com foto em moldura de todos os diretores que o IF teve até hoje.

Fonte: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutoflorestal/