O Pinus no Brasil vem ganhando mercado externo e tem variadas utilizações como matéria-prima. São aproximadamente 1,8 milhões de hectares plantados no Brasil, suprindo os diferentes setores produtivos de celulose e papel, serrarias e indústrias de embalagens, painéis e compensados, construção civil e mobiliário, além da resina que possui inúmeras aplicações.

O Instituto Florestal é o responsável pela introdução e difusão do gênero Pinus na década de 50 que foi introduzido no Brasil em substituição ao “pinheiro-brasileiro”(Araucaria angustifólia) como fonte de matéria-prima de fibra longa e para o processamento mecânico em serrarias, na produção de painéis, entre outros.

Na década de 70, procurando definir tecnologia e usos para os materiais oriundos dos desbastes iniciais de seus plantios e objetivando dar uma destinação mais nobre do material lenhoso resultante deste processo, foi instalada uma unidade experimental na Floresta de Manduri, do Instituto Florestal.

Esta unidade experimental possui, como principal componente, uma serra de fita dupla, apropriada para serrar material de pequenas dimensões, extraído de desbastes iniciais de plantios de Pinus.

O desbaste é uma operação executada nas florestas que tem como objetivo o corte de um determinado número de árvores quando a plantação indica queda do seu crescimento. É considerado um corte de melhoramento pois, na oportunidade são eliminadas árvores com defeito (p.ex. tortas, bifurcadas, quebradas) e dominadas (árvores finas). Desta forma, eliminam-se árvores ruins e são dadas condições para que as remanescentes continuem a crescer. Durante o período de rotação de uma floresta, que é o período que vai desde o plantio até o corte final, são feitos vários desbastes, nas condições já explicadas.

Dentre as diversas utilizações possíveis para esta matéria-prima, o Instituto Florestal desenvolveu tecnologia para seu processamento, condições de tratamento com produto preservativo para evitar ataque de fungos e condições de secagem. Também desenvolveu tecnologia para construção de cada utilizando a madeira, obtida na forma indicada.
Consideradas as características desta matéria-prima, o Instituto Florestal desenvolveu um “modelo padrão” de construção com 54m2 (6m x 9m), constituído por sala, dormitórios (2), cozinha e banheiro.

Para construção do “modelo padrão”, são utilizados 10,5m3 de madeira beneficiada. Em média, utilizando-se 8 operários, o tempo de construção é de 10 dias. Há necessidade de serviços complementares com outros materiais, compreendendo alicerce, rede elétrica e hidráulica.
Desde 1980 até 2009, o Instituto Florestal já construiu um total de 433 unidades, com diferentes finalidades: residências para vigias, hospedarias, guaritas, salas de aula, escritórios, etc.
Além de desenvolver programas científicos que deram suporte às tecnologias geradas, o Instituto Florestal tem atuado na sua divulgação, contribuindo com tecnologias sustentáveis.

Contato IF: PqC Orlando Freire – Diretor da Divisão de Florestas e Estações Experimentais F: 2231-8555 ramal 2021.