O Museu Florestal realiza duas exposições que compreendem as atividades do V Festival da Cerejeira do Horto, “Diferentes Formatos x Diversos Temas” exposição da artista plástica Tania Martins em aquarela e “Involução” de Ricardo Giacon, arte em sementes, no período de 12 de julho à 2 de agosto.
O Museu Florestal fica dentro do Parque no Horto Florestal, R. do Horto, 931; aberto de terça à sexta-feira das 9h às 12h e 13h30min às 16h30min e domingo das 10h às 15h30min, entrada franca, informações 22318555 r. 2063.
Diferentes Formatos x Diversos temas é a seleção de alguns trabalhos realizados em 2008 e 2009. A experiência da artista Tania Martins a fez “brincar” e explorar diversos formatos, dentre eles, em especial o Caderno de Experiências, é o resultado das ações pictóricas estudadas e recentemente desenvolvidas. A delicadeza da aquarela é exteriorizada por Tânia com leves pinceladas que domina plenamente a aguada com a cor, a exposição compreende cerca de 14 trabalhos que vibram em cores e um vídeo onde a artista registra o trabalho do caderno de experiências.
A exposição INVOLUÇÃO é constituída de diversas peças confeccionadas comsementes e fragmentos de madeira descartadas que formam pequenos cenários temáticos com a história de Ulisses na Odisséia, escrita por Homero; e diversas esculturas como animais, aves, peixes, entre outros seres.

A exposição por Tania Martins:
“A construção do Caderno de Experiências, na medida de 2m x 1m, em técnica aquarela no papel arroz possibilitou a transparência que desejava para esse trabalho e a tinta a fluidez necessária a essa experiência, assim como registrei no vídeo que esta sendo apresentado na exposição.
A escolha de colocar um dos lados da capa pendurada na parede sob a luz, oferece um ar acolhedor que os cadernos trazem. O outro lado da capa se estende pelo chão abraçando aqueles que se dispõe a interagir com o trabalho. Minha intenção é apenas retomar o caderno de artista, o diário que contem minhas anotações para outra dimensão. A maneira que foi instalado tem como intuito das páginas abraçarem o espectador em cores, formas e poesia. Abrimos um diálogo com o caderninho que comumente carregamos na bolsa, com dimensões menores a esse que supera nossa altura.
Esse trabalho respeita a posição vertical para que o espectador em pé possa manuseá-lo ou entrar em cada página. A experiência oferecida é que ao lermos um livro ou escrever nos cadernos entramos a outro mundo. Lá é atemporal, histórias e estórias se entrelaçam e nos despertam para novos sentidos. Para mim a relação que tenho com os livros e os cadernos representam essa sadia, útil e prazerosa possibilidade ou passagens.”

A exposição por Ricardo Giacon:

“A semente é energia concentrada. Dentro dela há uma árvore que para nascer precisa morrer como semente. Evoluindo cresce, desenvolve e chega em um momento que não tendo mais para onde expandir, necessitando perpetuar e continuar a existir, involui voltando para o estágio de semente que reiniciará um novo ciclo.

Há uma sabedoria na natureza, que pode ser aplicada em todas as áreas e campos de nossas vidas, seja emocional, intelectual ou físico. O cientista Antonie Laurent Lavoisier no século 18 em suas pesquisas e experimentos cunhou na história a frase “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma” estabelecendo o Principio da Conservação da Massa.

Com o desenvolvimento do conhecimento, Albert Einstein relacionou em uma única equação as variações entre massa e energia definindo a “interconversão entre Massa e Energia” constituindo uma única Lei. A matéria e a energia não podem ser criadas ou destruídas, mas transformadas.

Desse principio, sementes e outros elementos materiais da natureza, com energia criativa transformam em pequenas esculturas, remetendo o observador a uma reflexão interior.”